Modelo de Leasing Solar
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Modelo de Leasing Solar
Pessoal, como havíamos iniciado a discussão, gostaria de estendê-la aqui.
Como deve ser de conhecimento de todos, algumas empresas no mercado americano adotaram um modelo de negócios baseados no leasing solar. Neste modelo, o consumidor não precisa desembolsar nenhum valor inicial para ter um sistema fotovoltaico instalado em sua residência. O pagamento é realizado através de parcelas mensais fixas ou proporcionais à geração do sistema, em contratos de longo prazo, geralmente de 10 anos. Ao fim deste contrato, o consumidor tem a opção de compra dos equipamentos, renovação do contrato ou cancelamento. Como principais exemplos de empresas especializadas neste modelo temos a SolarCity e a SunRun.
Obviamente que, devido ao tempo de payback, é necessário um investidor para remunerar a empresa que executa o projeto. Este investidor deverá aceitar uma taxa de retorno suficientemente boa no longo prazo e com baixa liquidez.
Pelas informações que já tive, algumas empresas estão pretendendo adotar modelo similar no Brasil, sendo que já observamos propostas formais sendo entregues para potenciais clientes. Nesta proposta, em linhas gerais, o cliente que paga atualmente R$ 6 mil de conta de energia teria direito a um sistema fotovoltaico que supriria 100% de sua necessidade, tendo que pagar R$ 4.500 por mês para a empresa que executará o projeto. Em outras palavras: não precisaria desembolsar absolutamente nada para reduzir 25% de sua conta. Vamos aos cálculos:
Digamos que a tarifa de energia paga por esse consumidor seja R$ 0,60/kWh, o que é relativamente alta, dado o porte do consumo. O consumo em kWh seria então de 10.000 kWh/mês. Considerando 5 horas de sol pleno e eficiência global de 80%, o sistema necessário para gerar essa energia deverá ser de 83,33 kWp. Considerando um valor de R$ 6,00 por watt-pico instalado, teríamos um investimento de R$ 499.980,00.
Considerando o sistema Price, um tempo de contrato de 10 anos e uma parcela de R$ 6.000 por mês (ou seja, igual à conta de energia), a taxa de juros necessária seria de 0,65% a.m. Essa taxa está bem abaixo da taxa mínima de atratividade (TMA) de 1,5% a.m. sugerida em uma de nossas discussões.
Se considerarmos que o contrato tem uma duração maior, de 20 anos, a taxa de juros necessária se eleva para 1,12% a.m., ainda inferior à TMA. E isso ainda sem levar outros custos necessários, tais como: seguro, manutenção, substituição de inversor, etc.
Gostaria de contar com a colaboração de todos para tornar mais densa esta discussão e, quem sabe, encontrar o caminho da viabilidade deste modelo.
Como deve ser de conhecimento de todos, algumas empresas no mercado americano adotaram um modelo de negócios baseados no leasing solar. Neste modelo, o consumidor não precisa desembolsar nenhum valor inicial para ter um sistema fotovoltaico instalado em sua residência. O pagamento é realizado através de parcelas mensais fixas ou proporcionais à geração do sistema, em contratos de longo prazo, geralmente de 10 anos. Ao fim deste contrato, o consumidor tem a opção de compra dos equipamentos, renovação do contrato ou cancelamento. Como principais exemplos de empresas especializadas neste modelo temos a SolarCity e a SunRun.
Obviamente que, devido ao tempo de payback, é necessário um investidor para remunerar a empresa que executa o projeto. Este investidor deverá aceitar uma taxa de retorno suficientemente boa no longo prazo e com baixa liquidez.
Pelas informações que já tive, algumas empresas estão pretendendo adotar modelo similar no Brasil, sendo que já observamos propostas formais sendo entregues para potenciais clientes. Nesta proposta, em linhas gerais, o cliente que paga atualmente R$ 6 mil de conta de energia teria direito a um sistema fotovoltaico que supriria 100% de sua necessidade, tendo que pagar R$ 4.500 por mês para a empresa que executará o projeto. Em outras palavras: não precisaria desembolsar absolutamente nada para reduzir 25% de sua conta. Vamos aos cálculos:
Digamos que a tarifa de energia paga por esse consumidor seja R$ 0,60/kWh, o que é relativamente alta, dado o porte do consumo. O consumo em kWh seria então de 10.000 kWh/mês. Considerando 5 horas de sol pleno e eficiência global de 80%, o sistema necessário para gerar essa energia deverá ser de 83,33 kWp. Considerando um valor de R$ 6,00 por watt-pico instalado, teríamos um investimento de R$ 499.980,00.
Considerando o sistema Price, um tempo de contrato de 10 anos e uma parcela de R$ 6.000 por mês (ou seja, igual à conta de energia), a taxa de juros necessária seria de 0,65% a.m. Essa taxa está bem abaixo da taxa mínima de atratividade (TMA) de 1,5% a.m. sugerida em uma de nossas discussões.
Se considerarmos que o contrato tem uma duração maior, de 20 anos, a taxa de juros necessária se eleva para 1,12% a.m., ainda inferior à TMA. E isso ainda sem levar outros custos necessários, tais como: seguro, manutenção, substituição de inversor, etc.
Gostaria de contar com a colaboração de todos para tornar mais densa esta discussão e, quem sabe, encontrar o caminho da viabilidade deste modelo.
Re: Modelo de Leasing Solar
Claudio, ótima colocação. Estou movendo este tópico para a seção de Financiamento.
Re: Modelo de Leasing Solar
O preço de CUSTO desse sistema, estaria mais próximo de 5 do que de 6, imagino.
Outro ponto é que historicamente a tarifa de energia é reajustada com índice superior á inflação. Com isso o investidor teria um acréscimo real ano a ano.
Outro ponto é que historicamente a tarifa de energia é reajustada com índice superior á inflação. Com isso o investidor teria um acréscimo real ano a ano.
Re: Modelo de Leasing Solar
Ainda assim, Alexandre.
Fiz uma simulação aqui com reajuste anual da tarifa de 10% a.a., depreciação nula na geração, custo unitário de R$ 5/Wp e contrato de 10 anos e só assim a taxa chega em 1,54% a.m. No entanto, há de se evidenciar a negligência a outros custos, conforme já explicado anteriormente.
Fiz uma simulação aqui com reajuste anual da tarifa de 10% a.a., depreciação nula na geração, custo unitário de R$ 5/Wp e contrato de 10 anos e só assim a taxa chega em 1,54% a.m. No entanto, há de se evidenciar a negligência a outros custos, conforme já explicado anteriormente.
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